WASHINGTON - O presidente de Estados Unidos, Barack Obama,
alertou nesta segunda-feira, 23 que o regime do presidente sírio,
Bashar Assad, não deve cometer o "trágico erro" de utilizar armas
químicas porque, caso contrário, terá que prestar contas à comunidade
internacional. "Continuaremos deixando claro a Assad e a seus parceiros
que o mundo está vigiando e que terão que prestar contas à comunidade
internacional caso cometam o trágico erro de utilizar essas armas",
disse Obama durante um discurso no fórum de veteranos de guerra em Reno
(Nevada).

Obama lançou a advertência na 113ª convenção anual do grupo
Veteranos de Guerras Estrangeiras (VFW, em inglês), uma das maiores e
mais antigas organizações de veteranos do país. O líder americano, no
entanto, reiterou o apoio do governo de Washington ao povo sírio para
que tenha um "futuro melhor, livre do regime" de Assad.
"Continuaremos trabalhando com nossos amigos e aliados e a
oposição síria para chega ao dia em que o povo sírio tenha um governo
que respeite seus direitos básicos a viver em paz, com liberdade e
dignidade", prometeu Obama. Os Estados Unidos mantiveram a pressão sobre
o regime sírio, que ameaçou hoje recorrer a suas reservas de armas
químicas no caso de um possível ataque militar do Ocidente, apesar de
dizer que não as usaria contra sua própria população civil.
No domingo, o senador John McCain criticou o que considerou
como falta de liderança por parte do governo de Obama em relação à
Síria, enquanto a situação se deteriora no país. Questionado a respeito,
o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou hoje que se McCain
sugeria, por exemplo, uma intervenção ou invasão militar, o líder
americano "não acredita que esse seja o rumo correto" para combater o
regime sírio.
"Estamos trabalhando para aumentar as pressões contra o
regime de Assad através de sanções e do isolamento internacional, e
continuaremos fazendo isso", disse Carney aos jornalistas. "Estamos
trabalhando, também, para ajudar o povo sírio através de ajuda
humanitária e da oposição com assistência não letal (militar).
Continuaremos agindo com nossos parceiros para conseguir a transição
democrática que o povo sírio merece", afirmou.
Nesse sentido, a porta-voz do Departamento de Estado americano,
Victoria Nuland, insistiu na postura dos EUA de condenação, afinal
"qualquer uso possível deste tipo de armas seria completamente
inaceitável". "Estivemos trabalhando com todos os nossos aliados e
parceiros para vigiar a situação (na Síria), para comparar informação e
enviar a mesma mensagem", enfatizou Nuland, embora tenha dito que as
autoridades dos EUA não tiveram um contato direto com a Síria a
respeito.
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